Porto Velho, RO - Os cinquenta médicos residentes de Rondônia entraram em greve nesta quinta-feira e não tem dia para retornar ao trabalho. A paralisação foi decidida nesta quarta-feira após muitas tentativas de negociação com a Secretaria Estadual de Saúde, que sequer respondeu a ofícios destes profissionais questionando o não cumprimento da legislação quanto ao pagamento de bolsa e auxílios moradia e alimentação.

Os residentes são concursados e, por lei, tem a garantia de receber uma bolsa e auxílios residência e alimentação, mas o Governo do Estado, por meio da Sesau, não cumpre o que determina a legislação, causando enormes prejuízos à categoria.

Desde março o Governo não paga o valor da bolsa e do auxílio moradia e tampouco informa porque não está cumprindo o que determina a lei, apesar dos reiterados ofícios pedindo esclarecimentos à Sesau sobre o problema.

Segundo o médico residente João Durval, presidente da Associação dos Médicos Residentes de Rondônia, o problema na Secretaria é “burocrático-administrativo”. Os processos simplesmente estão parados e só  agora , com a greve, devem começar a “andar”.

Boa parte dos médicos residentes não tem outra fonte de renda para se manter em atividade a não ser o valor que deveria ser recebido em forma de bolsa.

Com a greve, a população mais uma vez é prejudicada, já que os residentes exercem papel fundamental no atendimento aos pacientes de grande hospitais públicos de Rondônia, como o João Paulo II e o Base.

Os líderes da categoria, no entanto, deixam claro a preocupação em não prejudicar a população e dizem que a greve foi o último recurso , pois o Governo nunca demonstrou qualquer interesse em negociar para evitar a paralisação. Ressaltam, também, que sempre estiveram, estão e estarão abertos a negociações com o Estado.