CPI DOS SHOWS: Em depoimento empresária diz que o lucros obtidos foram usados para pagar despesas e que empresa não é fantasma
23/07/2015|  Autor : Assessoria|   Fonte : Assessoria

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura denuncias sobre supostas irregularidades nos shows promovidos pela prefeitura através da Funcultural e a Semas ouviu na manhã desta quarta-feira 22/07, a proprietária da Empresa “O Beco Produções e Eventos”, Gláucia Lamego. A empresa foi a responsável pela contratação da Banda Cidade Negra. Glaucia foi acompanhada de um advogado e a oitiva dela aconteceu na sala das comissões da Câmara de Vereadores. A imprensa não acompanhou o depoimento por que o advogado protocolou na semana passada um requerimento à Comissão alegando direitos constitucionais. “Respeitamos o direito de imagem dela, e por isso, apenas os vereadores e assessores terão acesso ao depoimento. Isso é normal e não vejo como desrespeito”, explicou Wildes.

O primeiro a inquirir a empresária foi o relator da CPI, vereador Everaldo Fogaça (PTB). Everaldo perguntou de que forma se deu o primeiro contato entre a empresa O Beco Produções e a prefeitura para contratação do show da banda Cidade Negra.  Glaucia declarou que recebeu um telefonema da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semas). “Nós detínhamos a representação da banda aqui no Estado. A Semas pediu uma proposta e nós enviamos. Isso é um procedimento normal. Faço questão de frisar que todo esse fato que a mídia vem noticiando repercutiu mal. A banda cancelou nosso contrato de exclusividade”, lamentou Glaucia.

Glaucia disse ainda que tem uma equipe e que não trabalha sozinha. Ela negou veementemente que a empresa O BECO PRODUÇÕES fosse fantasma. “O sede da empresa passa por reformas. Tem um funcionário que trabalha de oito ao meio dia e a maioria dos contatos são resolvidos por email e telefone”, explicou.

O vereador Eduardo Rodrigues (PV) relembrou à empresária que no depoimento prestado pelo secretário da Semas, Edjales de Brito, ele declarou que se fosse comprovada qualquer irregularidade na empresa dela não pagaria a segunda parcela do show. Sobre isto, a empresária respondeu que o cachê foi pago em dinheiro. “Pagamos 100 mil reais. Foi depósito em conta. Tudo que foi pago até agora nós temos como comprovar. Está documentado”, assegurou Glaucia.

O vereador Edmilson Lemos (PSDB) perguntou quantos shows de grande porte como o da banda Cidade Negra a empresa já havia realizado em Porto Velho. Glaucia respondeu elencando atrações como a banda Nenhum de Nós e o cantor Luiz Melodia, além de contratos indiretos celebrados com o Estado. “Mas com a prefeitura o show da banda Cidade Negra é o primeiro”, informou Glaucia

Jair Montes (PTC) fez perguntas sobre o contrato de exclusividade entre a empresa e se algum secretário municipal havia pedido dinheiro à ela. Glaucia disse que nunca teve contato com o secretário da Sema e nem com qualquer outro servidor publico. “O show custou 250 mil reais. Até hoje estamos devendo na Praça por que o município não pagou a segunda parcela. Reafirmo que o que foi pago nós apresentaremos as notas e o que não foi pago apresentaremos o recibo parcial”, assegurou Glaucia.

Sobre os lucros obtidos no contrato celebrado entre a prefeitura e a empresa O Beco Produções Glaucia foi enfática. “Não tive lucro nenhum. Ao contrário, tirei do meu bolso para pagar. Estamos devendo até as calças”.

Sobre as despesas com camarim que foram objeto de muitas criticas na imprensa a empresaria declarou que para o camarim foram disponibilizados dois contêineres mobiliados e com ar condicionado ao custo de 3 mil reais e que o bifê custou oitocentos reais.

Ao fim dos depoimentos o presidente da CPI, Wildes de Brito e o vereador Claudio da Padaria solicitaram da empresária um relatório com todas as despesas do show bem como, as notas fiscais referente aos pagamentos realizados pela empresa. O vereador Edemilson requereu ainda o registro da empresa na Junta Comercial do Estado (Jucer).


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