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RIBEIRINHOS CHEGAM A AGUARDAR QUASE 90 DIAS POR CONSULTAS MÉDICAS NA COMUNIDADE

Data : 30/07/2013

   


Em localidades distantes da capital Porto Velho, onde os médicos estão presentes em apenas um dia e meio, a cada fim de semana, a espera por uma consulta médica chega a demorar cerca de 90 dias. É a situação das comunidades ribeirinhas e dos distritos localizados a margem das rodovias, em Porto Velho, que sofrem com a desassistência de médicos nas unidades locais de saúde. As dificuldades foram constatadas pelo Conselho Municipal de Saúde, que durante três meses fiscalizou as dificuldades enfrentadas pelos pacientes, juntamente com representantes do Ministério da Saúde.


Foto: Eliênio Nascimento/Ag. Imagem News



Conforme o relatório apresentado pelo presidente do Conselho, João Maia (foto acima), em entrevista ao Imagem News, a falta de médicos permanentes agrava a situação nas 17 comunidades visitadas. Com a saída de 13 médicos, que pediram demissão da rede municipal de saúde em dezembro do ano passado, o atendimento nas unidades básicas de saúde ficou sobrecarregado. “A equipe da família sai de Porto Velho na sexta-feira de manhã, atende na comunidade na sexta-feira à tarde e no sábado e retorna no domingo. Não dá para atender a todos que necessitam”, explica.


Foto: Eliênio Nascimento/Ag. Imagem News



O presidente da Comissão de Fiscalização do conselho, Vinicius Meireles (a esquerda na foto acima), destacou que em alguns distritos com aproximadamente 20 mil habitantes, foi constatado que em média 200 pacientes buscam atendimento nas unidades, porém, apenas 60 são atendidos nos dias em que a equipe médica está na comunidade.


A falta de medicamentos básicos, como os utilizados no tratamento de diabetes e hipertensão arterial, é outra falha apontada no relatório de fiscalização. Segundo informações de diretores das unidades, a compra de tais medicamentos esta inviabilizada por irregularidades nas licitações cometidas ainda na gestão passada. “No final de sete meses de gestão, esperamos que essa situação seja resolvida em breve”, desabafou João Maia.


 

 

Com as ambulâncias quebradas em péssimo estado de conservação, na maioria dos distritos, o transporte de pacientes é realizado nos veículos destinados para suporte das equipes da saúde da família.


Em um dos distritos, exames ginecológicos não são realizados há vários meses, por falta de uma mesa apropriada. A única mesa ginecológica da unidade de saúde está quebrada. Situação semelhante de equipamentos quebrados e da falta de manutenção também foram constatados na maioria das unidades de saúde.
 

Unidades de saúde sujas, sem higiene adequada, extintores de incêndio com o prazo de validade vencida e a falta de estrutura para atender as necessidades, também consta no relatório que aponta sobre as providencias que devem ser tomadas em caráter de urgência pela Prefeitura de Porto Velho. 

 

O conselho solicita ainda a implantação de internet nas unidades de saúde para agilizar os resultados dos exames laboratoriais. Atualmente os resultados demoram cerca de 15 dias para chegar as comunidades, quando poderiam ser entregues no mesmo dia ou no dia seguinte, se as unidades contassem com sistema de internet.

 

O relatório foi apresentado ao secretário municipal de saúde, Macário Bastos, em reunião na ultima sexta-feira (26). Segundo João Maia, o secretário se comprometeu em analisar e providenciar, no prazo de 60 dias, as adequações possíveis nas unidades de saúde. Com relação aos médicos, Macário anunciou que o município contratará mais de 70 médicos para atender a demanda das unidades básicas de saúde de Porto Velho.


João Maio destacou que o Conselho Municipal de Saúde tem como finalidade fiscalizar os atendimentos aos clientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e contribuir com a gestão municipal, apontando irregularidades que devem ser corrigidas e sanadas para melhor atender a população. Informações e reclamações podem ser levadas ao conhecimento do conselho, que funciona no Centro Especialidades Médicas, localizado na Avenida Rio Madeira com 7 de Setembro ou através do telefone: 3901-1378.

Autor : Imagem News   Fonte : Imagem News
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