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PREFEITURA DE GUAJARÁ DIZ QUE GOVERNO DE RONDÔNIA NÃO REPASSA VERBA PARA HOSPITAL
Data : 6/4/2013
O único hospital de Guajará-Mirim (RO) está com o atendimento comprometido. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o repasse mensal de R$ 600 mil, prometido pelo governo estadual em um termo de compromisso firmado em janeiro de 2012, foi cumprido apenas nos primeiros meses. Os funcionários da unidade denunciam a falta de materiais para a realização de exames laboratoriais e raio-x, além da falta de medicamentos e materiais de primeiros-socorros dos pacientes.
Alexasandra Tanaka, secretária Municipal de Saúde, explica que o órgão teve apenas a primeira parcela do repasse e, posteriormente, foi solicitado ao governo que realizasse, pelo menos, o pagamento das notas que foram entregues pelas empresas responsáveis por fazer o mantimento dos aparelhos na unidade médica, o que resultaria em cerca de R$ 390 mil.
O Hospital Regional da cidade é o único que oferece atendimento do Sistema Único de Saúde para os moradores de Guajará-Mirim e distritos da região, mas a prefeitura tem dificuldades em arcar com as despesas mensais da unidade de saúde.
O acordo firmado em janeiro de 2012, entre a prefeitura e o governo estadual, teria validade de um ano podendo ser prorrogável por mais 48 meses. Entretanto, o contrato não foi renovado, já que o repasse foi realizado apenas nos primeiros meses após o acordo.
No hospital é possível ver a falta de estrutura. Os pacientes se queixam por ficarem deitados sobre colchões rasgados e sem lençóis. Algumas torneiras nos banheiros apresentam vazamento. Falta material e medicamentos para os atendimentos de primeiro-socorro.
Viviane Ferreira foi internada no Hospital Regional com suspeita de dengue e relata que a estrutura e a higiene do local estão em situação precária. "Estou sendo atendida muito bem desde quando cheguei aqui, mas a estrutura e a limpeza está uma negação", comenta Viviane.
A Secretaria de Saúde afirma que o setor está precisando de mais recursos para se sustentar e que, inicialmente, é necessário ter o termo de compromisso assinado no ano passado. "A gente avaliou o termo para saber onde aplicar estrategicamente o recurso repassado", conta Alexsandra. Nenhum representante do governo, em Guajará-Mirim, foi encontrado para falar sobre o assunto