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Vila Princesa sofre com lixão e esconde irregularidades

Data : 17/10/2012

   

O Bairro Vila Princesa terá os problemas revelados no “Giro nos Bairros”, desta terça – feira (16). O Bairro abriga o “lixão da Vila Princesa”, um dos mais misteriosos depósitos de lixos, e habitat de uma classe oprimida de catadores da capital. Foram detectadas pela equipe do NOVOJORNALRO, diversas irregularidades por parte do poder público, criadouros de marginais, crimes ambientais. E um clima de medo de que seja exposto algo ilícito.


Necessidade de um posto policial

O presidente da Associação Comunitária Vila Princesa José Lourenço, conhecido no Bairro como “Zeca”, reclama que a população necessita urgentemente de uma polícia comunitária. “A necessidade principal da Vila Princesa é a presença de maior segurança, por meio de um posto policial. A marginalidade é crescente no Bairro, e todos vivem com cadeados nos portões”, conta o presidente

Zeca também afirma que a associação encaminhou documentos solicitando o posto policial ao governador e ao Comando Geral. Mas as autoridades fizeram pouco caso dos moradores. “Quando pedimos a instalação de um posto policial, responderam que não há necessidade de um posto policial, pois a população é pouca aqui no Bairro, e o gasto seria muito elevado”, afirma Zeca

Mas o Bairro Vila Princesa conta com uma população formada por 260 famílias cadastradas. Se for por falta de explicação ao governador e ao Comando Geral, podemos utilizar um pouco do nosso tempo para um breve cálculo. Ao multiplicar 260, o número de famílias por três, que corresponde ao total mínimo e aproximado de integrantes de uma família, chegamos ao total de 780 pessoas. E pode-se afirmar ao poder público, que o número de moradores é elevado, e que há uma urgente necessidade de maior policiamento por meio do posto policial.

Descaso público com o abastecimento de água

Os moradores também sofrem com a escassez do fornecimento de água tratada, um problema que perdura anos, e permanece irresoluto. Somente de três em três dias os moradores contam com o abastecimento de água tratada. E todos os dias são enviados carros pipas para auxiliar no abastecimento, que não atende à demanda. “Tem dias que o funcionário do carro pipa não espera a caixa d’ água encher e vai embora, o que gera confusão e insatisfação”, conta um morador que não quis ser identificado.

Em decorrência dos problemas nas instalações de abastecimento de água, próximo a Unir, não é possível a chegada da água ao Bairro. O presidente da associação conta que já foi solicitada à Caerd uma solução ao problema. Mas foi dito que a obra foi avaliada em aproximadamente um milhão, e não seria possível por falta de orçamento.

E convidamos novamente o poder municipal a um breve cálculo. Todos os dias são enviados quatro carros pipas, para auxiliar os moradores com água tratada. Temos informações de que são desembolsados pelos cofres públicos aproximadamente R$ 175 por caminhão, todos os dias. Ao multiplicarmos esse valor pelo número de carros, chegamos ao total de R$ 700 por dia, gastos com os quatro carros pipas. Esse valor multiplicado por trinta, número aproximado de dias do mês, chegamos ao total de R$ 21mil por mês. O valor multiplicado pelos 12 meses do ano, alcançaria o total de R$ 232 mil por ano.

Após o enfadonho cálculo adversativo, concluímos que seria menos custoso aos cofres públicos, e mais interessante aos moradores do Bairro, que fossem perfurados poços artesianos, ou construídos reservatórios de água. Desta forma o dinheiro público seria poupado e melhor administrado, e os moradores teriam à disposição, água tratada todos os dias.     

Buracos e falta de saneamento
                                       
O cenário de lixão percorre todo o Bairro, que é formado por Ruas mal projetadas, falta de saneamento básico, poças e crateras no meio das Ruas, lixos por toda parte. Os moradores reclamam que os catadores de lixo deixam cair os lixos no chão. O que gera doenças, e faz com que o Bairro seja uma extensão do lixão.

Matagais e Tráfico de drogas

Os imensos matagais da Rua Faveira, são motivos de indignação dos moradores. “Uma grande quantidade de usuários de entorpecentes se escondem nesses matagais, para fazer uso de drogas. À noite ninguém tem coragem de passar perto, com medo de ser assaltado, ou vítima de algum crime”, conta um morador que preferiu não se identificar por temer represálias.


Descaso e Criadouro de Mosquitos

Em um trecho próximo ao lixão foi encontrado um depósito de caminhões, na Rua da Paz com a Rua da Balança, no espaço do centro comunitário, pneus de caminhões de toda parte da cidade são despejados no local, que deveria ser utilizado em benefício da comunidade.

Os pneus descartados servem como depósito de mosquitos transmissores de doenças. “O Gadelha da (SEMA), pediu para que fossem depositados esses pneus aqui no espaço da comunidade, provisoriamente. Mas já faz oito meses que não foram retirados. E isso prejudica os moradores, que estão doentes de malária e dengue”, conta Zeca o presidente da associação.

Doenças

Transitando pelo Bairro, encontramos Jones Matinas (21), que afirma estar com malária pela quarta vez. O jovem que pesava 81 quilos, hoje pesa aproximados 70 quilos. “Esse lixão, a falta de respeito dos catadores, que jogam lixos na Rua, e os pneus descartados, atraem mosquitos. Aqui é difícil alguém não pegar dengue ou malária”, conta Jones
   
                                                      
                 
       
Nas proximidades do lixão, todos os dias são derretidos cobre, uma atividade perigosa à saúde dos moradores. “Todos os dias estão derretendo cobre aqui, essa atividade pode causar câncer, e deficiências em bebês durante a gestação”, diz Zeca

Mistérios


Os funcionários do lixão da Vila Princesa não permitiram a entrada da reportagem do NOVOJORNALRO, e o clima era de medo de que fosse visto ou abordado algum assunto proibido. Se o lixão é público por que a imprensa não pode entrar? O que há por trás de tudo isso?

Após uma reflexão, notamos que para a melhoria do Bairro seria necessária a instalação de reservatórios de água ou poços artesianos, saneamento básico, asfaltamento de Ruas, limpeza urbana, posto policial, e fiscalização no lixão. Desta forma os habitantes do Bairro Vila Princesa, poderiam viver sem a sensação de que moram no lixão.

MAIS FOTOS DA VILA PRINCESA:















Autor : NOVO JORNAL   Fonte : NOVO JORNAL
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