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Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

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Agricultura faz Mercosul ser um bloco de respeito*


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Quando se trata de prestigio não é somente os países da América do Sul que sofrem sua carência, ao contrário, subtraindo o latino complexo de inferioridade talvez numa leitura macro não vamos tão mal assim.

A sombra do conflito que promoveu ruídos na Catalunha é uma indecisão corriqueira na “neo” Europa, basta não olvidar da saída do Reino Unido da União Europeia, realidade que coleciona embates internos e causam fissuras externas.

O Mercosul também passa por nebulosidades com o afastamento da Venezuela, mas nada comparável com outros colapsos mais sangrentos.

O bloco sulista que avança no livre comércio tem como vitrine um gigante que impõe respeito, chamado: agro. O livro “Agronegócio no Mercosul: Uma agenda para desenvolvimento” — expõe sobre a competitividade das principais cadeias agroindustriais dos países aliados e o poder do agro na estabilidade do bloco.

A retórica ufanista tanto dos elos europeus quanto norte-americano é alicerçada na propaganda delimitada pelo protecionismo, um notável dever de grupo, porém, carece de um produto tão diversificado quanto o nosso agro.

Faz necessária uma autoanálise para exercitar o ato de valorização da nossa moral, o constante autoflagelo desvaloriza a essência econômica pela psíquica atrofia existencial. Vale fazer uso dos exemplos importados que por muitas vezes propagam uma imagem confeccionada no imaginário do otimismo.

A literatura ilumina o entendimento e traz o sentido plural do nacionalismo ao tratar das potencialidades na relevância econômica e social nas cadeias agroindustriais de: açúcar, arroz, carnes, laranja, leite, maçã, milho, soja e trigo, da produção e consumo aos principais fluxos de trato internacional.

O Mercosul fechou acordo de livre-comércio com o Egito e deve assinar  já no início de 2018 com a União Europeia. Também há avançadas negociações com o Canadá, Coréia do Sul, Singapura e os países do bloco comercial do Pacífico.

Com o fim da política “bolivariana” passou ostentar o equilibrado rótulo “pró mercado”, de tal forma, que até Trump deixou o conservadorismo exacerbado de seus pensamentos provincianos e mostrou flexibilidade diante do imponente agronegócio que nutre o Mercosul.

* Crédito: Pérsio Oliveira Landim, advogado, especialista em Gestão do Agronegócio, presidente da 4ª Subseção da OAB – Diamantino (MT)

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