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Rondônia, quinta, 18 de abril de 2024.

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Comitiva da Bélgica busca informações sobre o modelo ZFM


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Em uma iniciativa de aprofundar os conhecimentos acerca da Zona Franca de Manaus (ZFM), o embaixador da Bélgica no Brasil, Dirk Loncke, visitou a sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) na última quarta-feira (29), para se reunir com o superintendente da autarquia, Appio Tolentino. O encontro foi acompanhado por uma comitiva belga, com a participação do ministro conselheiro Hendrik Roggen, do cônsul honorário da Bélgica em Manaus, Clifford Nelson, e de adidos comerciais, econômicos e de cooperação científica representantes de todas as regiões daquele país. O superintendente adjunto de Projetos da SUFRAMA, substituto, José Lopo, a coordenadora geral de Estudos Econômicos e Empresariais, Ana Maria Souza, e técnicos da Superintendência também acompanharam a reunião.

 Na ocasião, a equipe da SUFRAMA apresentou um panorama geral do modelo ZFM e das Áreas de Livre Comércio (ALCs) que estão na região coberta pelos incentivos fiscais administrados pela autarquia (Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e Macapá e Santana, no Amapá). Informações sobre como investir na região, diferenciais competitivos, apresentação de projetos técnicos e trâmites necessários para a implantação de investimentos na Zona Franca de Manaus, na Amazônia Ocidental e nas ALCs foram abordados na apresentação.

 A industrialização nas Áreas de Livre Comércio mereceu destaque devido à inovação de se utilizar matéria-prima regional, de acordo com sua preponderância dentro do processo produtivo a ser realizado nas ALCs da área de abrangência da autarquia.

 Outros pontos tratados foram as questões logísticas para a chegada de insumos necessários à produção na região e para o escoamento de produtos da Amazônia Ocidental. “Estamos procurando concretizar o que se convencionou chamar de ‘novos caminhos do Norte’, que é a busca de novas rotas logísticas com países vizinhos, como o Peru, por exemplo. Recentemente percorremos a rota que desemboca no Oceano Pacífico, o que reduziria custos e tempo de transporte”, pontuou Tolentino.

 O superintendente ainda destacou que “a Zona Franca de Manaus focou, por muitos anos, o abastecimento do mercado interno e o fez com êxito. Hoje, a tentativa é de expandir seu caráter exportador, com a consolidação de novos mercados e arranjos produtivos, para alcance mundial”.

 A questão ambiental foi levantada durante o encontro e o reconhecimento da preservação da floresta nativa no Amazonas agradou a comitiva, que demonstrou entender a importância da ZFM como uma alternativa econômica não predatória que permitiu à população a subsistência sem avançar sobre a floresta Amazônica.

 Inovações

A comitiva belga ainda questionou sobre o que se pretende para a Zona Franca de Manaus para os próximos 50 anos. “A proposta que já estamos dando encaminhamento é modernizar a atividade aqui realizada com a adaptação das linhas de produção, como ocorre com a Indústria 4.0, por exemplo. Isso sem perdemos de vista a preservação de emprego e renda e da própria Amazônia”, destacou Tolentino.

 O embaixador Dirk Loncke afirmou que “muito se fala sobre o modelo Zona Franca de Manaus, inclusive em órgãos internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC), mas vir à região e conhecer in loco o que é a Zona Franca é a melhor maneira de se entender o que é feito na região”.

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